terça-feira, 31 de agosto de 2010

Aprendendo com histórias

E aí que eu tenho essa conhecida.
Ela é uma fofa, todo mundo gosta dela. Pesa o fato dela ter vivido um relacionamento triste e frustrado, mas ela é legal mesmo.

E aí que ela tá cometendo os mesmos erros de antes. Ela comete publicamente. E o novo relacionamento dela tá se transformando no antigo. Eu sei que ela não consegue fazer diferente. Sei também que eu mesma me encaixo no perfil dela, e morro de medo de estar errando nas mesmas coisas.

E olha que incrível, talvez uma amiga minha esteja pensando o mesmo sobre mim. E preocupada sobre eu estar cometendo os mesmos erros.

Ou talvez não exist essa amiga e eu só estou inventando tudo.

Quem disse que é tão fácil?

e ele independeu mesmo

Mesmo com essa minha necessidade de controlar tudo (será que é medo?).
O mundo espertamente me enganou e independeu de mim. Mostrou que não vale a pena desistir de algo que já tava lá, pronto pra ser meu. E que, independente do que eu decida, quem dá as cartas mesmo é ele.

E eu, que pedi tanto por mudanças incríveis e inesperadas, fui incrivelmente surpreendida. Quem diria, a planejadora ansiosa e mandona foi pega de jeito.

E a partir de agora eu prometo tentar ser menos assim. Mas só tentar porque, pelo que me lembre, desde os seis anos eu fico assim. Maquinando.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

que bom que é assim

"O mundo independia de mim - esta era a confiança a que eu tinha chegado: o mundo independia de mim, e não estou entendendo o que estou dizendo, nunca! nunca mais compreenderei o que eu disser. Pois como poderia eu dizer sem que a palavra mentisse por mim? como poderei dizer senão timidamente assim: a vida se me é. A vida se me é, e eu não entendo o que digo"

Sempre ela, Clarice

terça-feira, 3 de agosto de 2010

errado

tudo parece errado. Com letra minúscula mesmo, aquele conjunto de erradinhos que vão sendo somados. Não, eles não viram um Erradão. Sua vida continua boa. Você tem amigos, um trabalho legal e um salário até que mais ou menos. Tem uma família bacana e roupas novas. Planos. Um amor. Mas tá tudo meio esquisito, e você já vinha sentindo aquele incômodo.

Na verdade mesmo, nunca parou de sentir, mas colocar este sentimento entre a reunião, o cinema, o twitter, a monografia e aquele monte de telefonemas que você recebe durante o dia é tão difícil. Aí você o coloca naquele cantinho mais obscuro que você não limpa muito. E não acessa tanto.

Não é de repente que ele aparece. Nem foi você que resolveu fazer uma faxina naquele cantinho. Não tem gota d'água nessa história, o errado simplesmente está lá, você sabe que ele está, ele sabe que você sabe e assim segue a vida com esses sabendos.