terça-feira, 29 de julho de 2014

Eu to tão chata, mas tão chata que...

Vou escrever em forma de pequenas frases raivosas.

- Gente que subestima os outros. Tem uma pessoa que eu conheço que é assim: "ah, Fulano saiu daqui pra trabalhar no concorrente, é um bosta", "quem é Fulana de tal? Uma empreendedora que ganhou milhões com uma start up no Vale do Silício? Aposto que não tem conteúdo. A gente é melhor que ela". Juro, gente. Juro. Subestimar os outros é o erro número 1 que você pode cometer na vida.

- Gente que só acha que existe ela no mundo. Gente egoísta, cara. Esse povo do trânsito que acha que só eles têm direito. Que tem nojinho de transporte coletivo porque "tem outras pessoas". Que critica qualquer coisa que ocupe um espaço que ele considera dele. Chego a ter cólicas.

- Não quero que me adicionem no Facebook. Quero menos gente. Quero ser eu um pouco, sabe. Facebook que tem a Tia Flau, a secretária da minha chefe na Inglaterra, uma mina que eu conheci um dia e nunca mais vi e a minha amiga de infância quando eu tinha 12 anos não funciona. Tento compensar isso postando coisas aleatórias e herméticas. Não funciona porque eles curtem tudo e comentam: "TOP"

- Vou tirar férias semana que vem. Quero desligar o celular. Vou pro deserto. Mas volto. Acho.

Momento feliz e efêmero:
- Comprei um móvel LINDO que é igual o masp. O nome dele é Rack Masp. Ele é vermelho e lindo e acomodou minha coleção de copinhos de cachaça. <3 p="">

terça-feira, 1 de julho de 2014

Não vou falar de Copa

Mas de certa forma, vou. Ontem o Suárez (meu parente, hehe) pediu desculpas pelo que fez, de ter dado a mordida no italiano. Disse que não voltará mais a fazer e etc. Achei legal demais, principalmente porque ele negou mil vezes que tinha mordido. Não voltou atrás. Acho que foi pressionado pelo clube ou alguém "importante", sei lá. Mas pediu desculpas, falou que tava errado e tal.

A merda dessa nossa cultura (nem sei de onde vem isso, porque não conheço uma só cultura que não tenha isso) é nunca podermos voltar atrás. Mudar de ideia é uma vergonha. Reconhecer que fez merda. Que não pensou direito e foi lá fazer sem saber. Na semana passada mesmo fiquei puta porque um fornecedor disse que se enrolou com a agenda da Copa e não conseguiu ver um negócio que eu pedi pra ele. Foi sincero, sabe. A grande maioria daria um migué qualquer e fingiria que está fazendo. Mentiria só pra não revelar a fraqueza.

Como a gente cobra essas coisas dos outros, acaba internalizando também, né. Vejo isso na política. Os debates podres que rolam na internet. Se a pessoa reavalia o seu pensamento, se repensa suas ideias, é fraca. Se admite que errou, também. É ruim isso, né. Impede a gente de crescer.

Outro dia o Victor falou um negócio tão lindo pra mim (como eu amo esse homem) que uma coisa que ele gostava no nosso relacionamento era o fato de pensarmos diferente. Que eu desafio ele o tempo todo. A repensar as verdades dele. E a melhorar como ser humano, e tal. Quase morri de amor, mas isso não vem ao caso. Queria que mais pessoas pensassem assim, que é possível voltar atrás, pedir desculpa, mudar de ideia, sem ser um banana ou um fraco. É uma bobeira, né, mas ia fazer diferença no mundo, eu acho.