Ele tinha uns 18 anos, era um moleque.
Eu estava correndo pra comprar umas coisinhas mega-necessárias na minha casa e na hora de passar no caixa, lá estava ele. Eis que surge o diálogo:
Ele: Boa noite, mocinha!
Eu (estranhando, mas simpática): Boa noite!
Ele: Vai viajar nesse feriado?
Eu: Não...
Ele: Ué, não vai pra praia, aproveitar?
Eu (mineiramente): Ah, moço, não vou não, não tenho dinheiro! Quem não tem dinheiro fica em casa!
Ele: Vai ficar em casa com o namorado...marido?
Eu: É, vou...
Ele Fecha a cara totalmente.
Agora me diz: precisa ser tão direto e absurdamente transparente?
Ah, homens...
quinta-feira, 30 de abril de 2009
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Nâo me aguento
O ginecologista gay conta casos pra mim com a mão em cima dos meus peitos. É hilário.
E além disso ele faz uma cara de nojinho que eu bem sei.
Ele me chama de Bibi.
Só faltou perguntar o endereço da minha manicure.
(E tem o caso da tia massagista lésbica também e o do caixa do supermercado taradinho, mas agora eu não vou contar porque estou com preguiça)
Inté amanhã.
E além disso ele faz uma cara de nojinho que eu bem sei.
Ele me chama de Bibi.
Só faltou perguntar o endereço da minha manicure.
(E tem o caso da tia massagista lésbica também e o do caixa do supermercado taradinho, mas agora eu não vou contar porque estou com preguiça)
Inté amanhã.
DataVívian informa
Eu não estou triste.
Geralmente 97,2% das pessoas acreditam que eu estou triste quando leem o que eu escrevo.
É meio difícil explicar, mas acho que sou dramática.
De esmalte vermelho então, eu fico insuportável.
Na verdade eu estou bem feliz, porque comprei dois livros e um disco, trabalhei só parte do dia e mesmo assim em casa e fui no ginecologista gay mais legal do mundo.
Mas isso é assunto pra outro post.
Tô feliz, viu?
Geralmente 97,2% das pessoas acreditam que eu estou triste quando leem o que eu escrevo.
É meio difícil explicar, mas acho que sou dramática.
De esmalte vermelho então, eu fico insuportável.
Na verdade eu estou bem feliz, porque comprei dois livros e um disco, trabalhei só parte do dia e mesmo assim em casa e fui no ginecologista gay mais legal do mundo.
Mas isso é assunto pra outro post.
Tô feliz, viu?
Ôtono
O dia tá acabando.
Ele já saiu de casa e a única luz que eu vejo é o do meu computador.
Agora eu sei como ele se sente: o apartamento fica grande mesmo sem ele por aqui.
(Mas eu fico feliz porque o feriado está chegando)
Ele já saiu de casa e a única luz que eu vejo é o do meu computador.
Agora eu sei como ele se sente: o apartamento fica grande mesmo sem ele por aqui.
(Mas eu fico feliz porque o feriado está chegando)
terça-feira, 28 de abril de 2009
Coisas lindas
Hoje ele disse que aquela kitchenette, aquela pequenininha que eu divido com ele, fica muito grande quando não estou lá.
De repente, as nuvens do meu mundo nublado foram embora.
E hoje fez sol.
De repente, as nuvens do meu mundo nublado foram embora.
E hoje fez sol.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Uma praia feia num dia cinza
Lembro de um dia em que viajamos pra comemorar um aniversário de namoro.
Sem dinheiro, como sempre, fomos pra uma praia escondida no meio do litoral de SP que um amigo disse ser linda.
Tínhamos um fim de semana inteiro na praia linda. O dia estava cinza e a praia igualmente cinza.
Passamos dois dias conversando, dormindo, bebendo cerveja e comendo, olhando de vez em quando pro mar.
Nem entramos na água.
Achei que aquele fim de semana tinha sido ruim, mas hoje me peguei pensando com saudade na praia feia com dia cinza. E me deu vontade de estar lá.
Influência da cinzidão de hoje, creio eu.
Ou então de uma coisa pior, mas prefiro não pensar nisso.
Sem dinheiro, como sempre, fomos pra uma praia escondida no meio do litoral de SP que um amigo disse ser linda.
Tínhamos um fim de semana inteiro na praia linda. O dia estava cinza e a praia igualmente cinza.
Passamos dois dias conversando, dormindo, bebendo cerveja e comendo, olhando de vez em quando pro mar.
Nem entramos na água.
Achei que aquele fim de semana tinha sido ruim, mas hoje me peguei pensando com saudade na praia feia com dia cinza. E me deu vontade de estar lá.
Influência da cinzidão de hoje, creio eu.
Ou então de uma coisa pior, mas prefiro não pensar nisso.
Só pra ratificar
Almocei com a pessoa que estava atrás de mim.
É uma boa pessoa, como todas que trabalham comigo.
Agora minha irritação é outra, e eu sinto que a coisa só tende a piorar: Estou brava porque não gosto da maioria dos brincos que vejo.
Eu só quero achar uns brincos bonitos pra comprar e que não sejam caríssimos.
MINHA VIDA É UM INFERNO.
e eu acabo de arrumar um novo objetivo. ufa.
É uma boa pessoa, como todas que trabalham comigo.
Agora minha irritação é outra, e eu sinto que a coisa só tende a piorar: Estou brava porque não gosto da maioria dos brincos que vejo.
Eu só quero achar uns brincos bonitos pra comprar e que não sejam caríssimos.
MINHA VIDA É UM INFERNO.
e eu acabo de arrumar um novo objetivo. ufa.
Sinto algo maligno se aproximando
Creio que pode ser o efeito humorístico do dia meio feio, ou o mais provável: a TPM.
Agora, mudando de assunto sem mudar tanto assim:
POR QUE AS PESSOAS SE APROXIMAM DE VOCÊ POR TRÁS E FICAM VENDO O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO NO COMPUTADOR?
Nâo é justo, gente, não mesmo.
Agora, mudando de assunto sem mudar tanto assim:
POR QUE AS PESSOAS SE APROXIMAM DE VOCÊ POR TRÁS E FICAM VENDO O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO NO COMPUTADOR?
Nâo é justo, gente, não mesmo.
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Ironia
Como eu falei de ser repetitivo no post abaixo, estou só sendo irônica e repetindo aqui o que já foi falado no mundo todo.
http://www.youtube.com/watch?v=X9whxWNI7bE
Mas é legal, né.
http://www.youtube.com/watch?v=X9whxWNI7bE
Mas é legal, né.
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Posso?
Não é TPM.
Juro, não é.
Por que existem pessoas tão repetitivas?
Precisa repetir a mesma piada todo dia?
Eu preciso ser legal com essa pessoa?
Posso ter um no-people day em minha empresa?
Cansei de pessoas por enquanto.
Juro, não é.
Por que existem pessoas tão repetitivas?
Precisa repetir a mesma piada todo dia?
Eu preciso ser legal com essa pessoa?
Posso ter um no-people day em minha empresa?
Cansei de pessoas por enquanto.
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Loser
Era um cara da faculdade.
O loser no sentindo mais L maiúsculo. Tinha uma voz estranha, era feio, não tinha amigos, não pegava ninguém e ainda tinha conteúdos bizarros.
Gostava dos professores que a gente odiava, fazia os trabalhos em dupla sozinho e os resultados eram sempre incompreensíveis. Enquanto os alunos saíam para as ruas e faziam curtas sobre qualquer coisa, ele ficava horas gravando os movimentos de uma samambaia no corredor mais obscuro da faculdade.
Fazia curso livre de filosofia e nunca conseguia ter uma conversa normal com ninguém.
Outro dia lembrei dele. E fiquei me perguntando: por que esse indivíduo nunca chegou na faculdade com uma arma metralhando todo mundo?
O loser no sentindo mais L maiúsculo. Tinha uma voz estranha, era feio, não tinha amigos, não pegava ninguém e ainda tinha conteúdos bizarros.
Gostava dos professores que a gente odiava, fazia os trabalhos em dupla sozinho e os resultados eram sempre incompreensíveis. Enquanto os alunos saíam para as ruas e faziam curtas sobre qualquer coisa, ele ficava horas gravando os movimentos de uma samambaia no corredor mais obscuro da faculdade.
Fazia curso livre de filosofia e nunca conseguia ter uma conversa normal com ninguém.
Outro dia lembrei dele. E fiquei me perguntando: por que esse indivíduo nunca chegou na faculdade com uma arma metralhando todo mundo?
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Como descobrir se você é neurótica
Três farmácias perto do meu prédio.
As três são de grandes redes, daquelas que fazem revistinhas com ofertas de remédios e produtos de beleza. Como jornalista, como pão-dura e como chata assumida, eu não resisto a um folhetinho.
(OK, confesso, sou só um pouco hipocondríaca)
Juntei três deles e carregava, feliz, em direção ao prédio.
Foi quando, preocupada, pensei:
- E se o folheto do supermercado estiver na bancada do porteiro? Eu vou pegar e ele vai ver que eu já tenho 3 outros folhetos nas mãos. Vai descobrir que sou neurótica!
Mais que depressa, enfiei os folhetos na bolsa e entrei.
Para meu desespero, o do supermercado não estava lá.
As três são de grandes redes, daquelas que fazem revistinhas com ofertas de remédios e produtos de beleza. Como jornalista, como pão-dura e como chata assumida, eu não resisto a um folhetinho.
(OK, confesso, sou só um pouco hipocondríaca)
Juntei três deles e carregava, feliz, em direção ao prédio.
Foi quando, preocupada, pensei:
- E se o folheto do supermercado estiver na bancada do porteiro? Eu vou pegar e ele vai ver que eu já tenho 3 outros folhetos nas mãos. Vai descobrir que sou neurótica!
Mais que depressa, enfiei os folhetos na bolsa e entrei.
Para meu desespero, o do supermercado não estava lá.
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Compreensão
O homem já era velho e estava lá, naquela mesa, sentado entre jovens executivos de sucesso. Ele era um imigrante que venceu na vida e que já estava com fórmulas batidas demais para que alguém entendesse o que ele queria dizer.
Olhou para a platéia. Estudantes universitários, profissionais muito novos, cheios de vontade de encher os bolsos fazendo um MBA ou um curso qualquer que promova networking, que os torne hands on e mais outras bobagens corporativas.
Não reparou na menina impaciente de jaqueta jeans que acompanhava tudo de forma deslumbrada, sorvendo as gotas de sabedorias de papas de 30 anos que mostravam como vencer na vida tendo pai e mãe ricos. Ele não sabia que ela andava de ônibus e estava com vergonha das roupas que usava no meio de ternos.
Quando começou a falar, ela perdia a paciência com seus clichês de auto-confiança, auto-conhecimento e sua apresentação poluída e extravagante de power point. Não quis ouvir muito do que dizia, porque já era tarde e os pés dela, metidos em sandálias, estavam congelando naquele ar condicionado.
Quando saiu, não percebeu que ela se levantou correndo e foi ao banheiro, aliviada por aquilo ter acabado. Não soube que ela foi pra casa e chegou bem rápido, porque queria dormir um pouco antes de recomeçar o dia.
Ela compreendeu muito depois. E chorou ao pensar que estava se tornando uma máquina hand on, que pensava em ir a festas para fazer networking. E que não tinha idéia que, dividindo uma kitchenette com uma pessoa grande, contando moedinhas pra pegar o ônibus, era muito mais feliz que papas de 30 anos que não se lembravam dos pais e mães ricos.
Olhou para a platéia. Estudantes universitários, profissionais muito novos, cheios de vontade de encher os bolsos fazendo um MBA ou um curso qualquer que promova networking, que os torne hands on e mais outras bobagens corporativas.
Não reparou na menina impaciente de jaqueta jeans que acompanhava tudo de forma deslumbrada, sorvendo as gotas de sabedorias de papas de 30 anos que mostravam como vencer na vida tendo pai e mãe ricos. Ele não sabia que ela andava de ônibus e estava com vergonha das roupas que usava no meio de ternos.
Quando começou a falar, ela perdia a paciência com seus clichês de auto-confiança, auto-conhecimento e sua apresentação poluída e extravagante de power point. Não quis ouvir muito do que dizia, porque já era tarde e os pés dela, metidos em sandálias, estavam congelando naquele ar condicionado.
Quando saiu, não percebeu que ela se levantou correndo e foi ao banheiro, aliviada por aquilo ter acabado. Não soube que ela foi pra casa e chegou bem rápido, porque queria dormir um pouco antes de recomeçar o dia.
Ela compreendeu muito depois. E chorou ao pensar que estava se tornando uma máquina hand on, que pensava em ir a festas para fazer networking. E que não tinha idéia que, dividindo uma kitchenette com uma pessoa grande, contando moedinhas pra pegar o ônibus, era muito mais feliz que papas de 30 anos que não se lembravam dos pais e mães ricos.
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Qual a função de um blog secreto?
Escrever pra mim, é simples. Não parece?
Não, porque esse blog é folha dupla. Nada é simples comigo, e não seria diferente nesse caso. Uma hora a vontade de fazer com que os outros leiam será irresistível, e irresistível a expectativa por ser aceita.
So, what's the point of a secret blog?
Pelo menos aqui, e pelo menos por enquanto, eu escrevo o que eu quiser.
Mas, pelo menos por enquanto, ainda não confio nesse blog.
Viu? Eu disse que não era simples.
Não, porque esse blog é folha dupla. Nada é simples comigo, e não seria diferente nesse caso. Uma hora a vontade de fazer com que os outros leiam será irresistível, e irresistível a expectativa por ser aceita.
So, what's the point of a secret blog?
Pelo menos aqui, e pelo menos por enquanto, eu escrevo o que eu quiser.
Mas, pelo menos por enquanto, ainda não confio nesse blog.
Viu? Eu disse que não era simples.
terça-feira, 14 de abril de 2009
Não quero explicar
Não vou explicar nada.
Criei esse blog pelo simples fato de que preciso escrever. Nâo é pra ser um blog engraçado, como foram os outros, nem sério, porque eu não consigo ser assim o tempo todo.
O nome? É, como os outros, inspirado de uma certa forma na vida que levo aqui. Folha dupla, com abas, recheio duplo e direito a repetir. Não é que eu seja rica. Nem um pouco, na verdade. Vivo com uma pessoa bem grande numa kitchenette. Mas, confesso, é a kitchenette mais legal do mundo.
Ainda não tenho objetivo, mas sei que eles virão. Eles sempre vêm, ficam um pouco e depois fogem como se nunca tivessem existido. No momento, estou com as opções comprar um sutiã novo, desejar que o dia acabe e pendurar quadros no meu quarto. Também desejo uma bunda dura, mas a lei da gravidade me contraria um pouco e me faz ter poucas esperanças.
Pronto, expliquei demais, apesar de ter sido de menos, porque não falei nada que deveria ter falado.
Agora já foi.
Criei esse blog pelo simples fato de que preciso escrever. Nâo é pra ser um blog engraçado, como foram os outros, nem sério, porque eu não consigo ser assim o tempo todo.
O nome? É, como os outros, inspirado de uma certa forma na vida que levo aqui. Folha dupla, com abas, recheio duplo e direito a repetir. Não é que eu seja rica. Nem um pouco, na verdade. Vivo com uma pessoa bem grande numa kitchenette. Mas, confesso, é a kitchenette mais legal do mundo.
Ainda não tenho objetivo, mas sei que eles virão. Eles sempre vêm, ficam um pouco e depois fogem como se nunca tivessem existido. No momento, estou com as opções comprar um sutiã novo, desejar que o dia acabe e pendurar quadros no meu quarto. Também desejo uma bunda dura, mas a lei da gravidade me contraria um pouco e me faz ter poucas esperanças.
Pronto, expliquei demais, apesar de ter sido de menos, porque não falei nada que deveria ter falado.
Agora já foi.
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