Depois de três semanas sem um final de semana livre, um domingo que seja, com plantão marcado para o próximo (que é carnaval e meu aniversário também), me bateu um enorme desânimo da vida. De lutar sem saber o motivo.
Eu sei que vai passar e depois de algumas noites bem dormidas eu vou continuar lutando como sempre. Mas esse dia de hoje, cinza, sem dinheiro, cheia de coisas pra fazer, com poucas perspectivas de que 2011 seja um ano bom, é de desanimar qualquer usuário de Prozac.
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
e antes que eu me esqueça
eu queria falar sobre isso
sobre como o mundo ficou chato de repente. e as pessoas se cobrando tanto por serem felizes.
só que ser feliz (segundo essa concepção de mundo) envolve:
- ser magro (não comer)
- ser trabalhador(não se divertir)
- ser eficiente, fiel e leal (não se permitir erros)
- ser generoso e sustentável (não ser egoísta)
- ser saudável e sóbrio (e não ter o prazer do pé na jaca)
e por aí vai a lista que nunca acaba
e se ser feliz envolve negar coisas que nos tornam mais felizes...qual o sentido?
sobre como o mundo ficou chato de repente. e as pessoas se cobrando tanto por serem felizes.
só que ser feliz (segundo essa concepção de mundo) envolve:
- ser magro (não comer)
- ser trabalhador(não se divertir)
- ser eficiente, fiel e leal (não se permitir erros)
- ser generoso e sustentável (não ser egoísta)
- ser saudável e sóbrio (e não ter o prazer do pé na jaca)
e por aí vai a lista que nunca acaba
e se ser feliz envolve negar coisas que nos tornam mais felizes...qual o sentido?
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Vislumbrando uma carreira post mortem
Tem uma época do mês em que eu fico maluca, né. Pirada mesmo.
É bem nessa época que eu escrevo melhor, confirmando a teoria de que os loucos são geniais. Tenho as ideias mais incríveis, mesmo sem ter pra quem mostrar.
Há quase um ano, quando passei um mês fora e fiquei maluca praticamente os 30 dias corridos, eu comecei a escrever um livro. A personagem principal era um alter-ego que me fez bem demais porque ela deu vida à minha imaginação e às coisas que eu não fiz porque, vejam bem, limites físicos e morais. Imagine que sou uma pessoa com limites morais bastante liberais. Limites esses que a minha personagem ignorou completamente e foi BASTANTE além.
Foram vários capítulos com histórias que podem ser bem melhoradas. Mas muito legais. E todo mês, bem na época dos surtos, sinto vontade de escrever sobre ela, só pra poder liberar um pouco o que a minha limitação moral não me permite. Vai ser a minha obra-prima só publicada depois que eu morrer, hohoho.
E olha que eu nem vou ter vergonha de ter escrito tanta putaria.
É bem nessa época que eu escrevo melhor, confirmando a teoria de que os loucos são geniais. Tenho as ideias mais incríveis, mesmo sem ter pra quem mostrar.
Há quase um ano, quando passei um mês fora e fiquei maluca praticamente os 30 dias corridos, eu comecei a escrever um livro. A personagem principal era um alter-ego que me fez bem demais porque ela deu vida à minha imaginação e às coisas que eu não fiz porque, vejam bem, limites físicos e morais. Imagine que sou uma pessoa com limites morais bastante liberais. Limites esses que a minha personagem ignorou completamente e foi BASTANTE além.
Foram vários capítulos com histórias que podem ser bem melhoradas. Mas muito legais. E todo mês, bem na época dos surtos, sinto vontade de escrever sobre ela, só pra poder liberar um pouco o que a minha limitação moral não me permite. Vai ser a minha obra-prima só publicada depois que eu morrer, hohoho.
E olha que eu nem vou ter vergonha de ter escrito tanta putaria.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
on fire
Irritação é o meu nome do meio, então prepare-se.
1. estou irritada com erros de revisão. Erros de ortografia me deixam louca. Erros de revisão igualmente. Eu estou com ganas de arrancar o aviso que a síndica semi-analfabeta colocou no elevador e torturá-la até ela confessar que não sabe usar vírgulas. SÍNDICO TEM QUE SABER ESCREVER, GENTE, É TIPO SEGUNDO GRAU COMPLETO.
2. não aguento mais esse lugar que chove. Ontem eu saí da yoga e estava super tranquila, caminhei calmamente pela chuva até o longínquo ponto de ônibus, as pessoas me olhavam como se eu fosse um fantasma lambido (eu estava de camiseta branca, viva o top que me salvou). Aí chego em casa linda, troco de roupa, vou no supermercado e adivinha? UM CAMINHÃO PASSA NA POÇA E ME ENCHARCA, BEIJOS.
3. eu quero ter o direito de estar mal-humorada. Quero ter o direito de ter as minhas piadas devidamente entendidas. Quero ter o direito de reclamar que as coisas estão mais caras que nunca. E quero ter o direito de reclamar e continuar sendo uma pessoa feliz. Acontece a cada 457 anos.
4. eu ia escrever uma quarta coisa mas tenho medo que os envolvidos leiam. Sim, eu tenho mania de perseguição.
1. estou irritada com erros de revisão. Erros de ortografia me deixam louca. Erros de revisão igualmente. Eu estou com ganas de arrancar o aviso que a síndica semi-analfabeta colocou no elevador e torturá-la até ela confessar que não sabe usar vírgulas. SÍNDICO TEM QUE SABER ESCREVER, GENTE, É TIPO SEGUNDO GRAU COMPLETO.
2. não aguento mais esse lugar que chove. Ontem eu saí da yoga e estava super tranquila, caminhei calmamente pela chuva até o longínquo ponto de ônibus, as pessoas me olhavam como se eu fosse um fantasma lambido (eu estava de camiseta branca, viva o top que me salvou). Aí chego em casa linda, troco de roupa, vou no supermercado e adivinha? UM CAMINHÃO PASSA NA POÇA E ME ENCHARCA, BEIJOS.
3. eu quero ter o direito de estar mal-humorada. Quero ter o direito de ter as minhas piadas devidamente entendidas. Quero ter o direito de reclamar que as coisas estão mais caras que nunca. E quero ter o direito de reclamar e continuar sendo uma pessoa feliz. Acontece a cada 457 anos.
4. eu ia escrever uma quarta coisa mas tenho medo que os envolvidos leiam. Sim, eu tenho mania de perseguição.
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Minha guerra contra os travessões
Os travessões não servem apenas para os diálogos. Eles servem para explicar coisas que vem a seguir - como essa, por exemplo.
Os travessões eram bons amigos. Até um dia em que li vários textos meus e desobri que eles são os melhores amigos. Eles estão presentes em quase todos os textos que eu escrevo. Me deu raiva ver uma figurinha fácil assim. Como se eu tivesse uma muleta, uma fórmula que funciona sempre chamada travessão. Um vício.
E aí que eu entrei em processo de desintoxicação dos travessões. Presto bastante atenção quando vou escrever para não cair na tentação de usar um deles. Hoje tive uma semi-vitória: escrevi um texto enorme sem nenhum travessão. Mas usei dois pontos. Estou tentando não trocar um vício por outro, mas sabem como são os compulsivos. Terríveis.
Os travessões eram bons amigos. Até um dia em que li vários textos meus e desobri que eles são os melhores amigos. Eles estão presentes em quase todos os textos que eu escrevo. Me deu raiva ver uma figurinha fácil assim. Como se eu tivesse uma muleta, uma fórmula que funciona sempre chamada travessão. Um vício.
E aí que eu entrei em processo de desintoxicação dos travessões. Presto bastante atenção quando vou escrever para não cair na tentação de usar um deles. Hoje tive uma semi-vitória: escrevi um texto enorme sem nenhum travessão. Mas usei dois pontos. Estou tentando não trocar um vício por outro, mas sabem como são os compulsivos. Terríveis.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
mood
Sabe o que me incomoda tanto em pagar contas? Não é o dinheiro, eu não ligo pra dinheiro. Tanto que poderia ser uma semi-mendiga se tivesse um bandejão, um albergue pra dormir e cinema grátis ou poderia ser também uma milionária perdulária. É indiferente.
O que me incomoda em pagar contas é que elas chegam no meu endereço. Elas sabem quem eu sou. Elas conhecem meus hábitos de consumo, as pessoas que importam pra mim, se eu gosto de viajar e até mesmo os momentos mais ociosos do meu dia. Elas são tipo as minhas melhores amigas pra quem eu dou dinheiro regularmente. E eu não sei nada sobre elas. As contas carimbam a burocracia na minha cara todo dia, controlam tudo o que eu faço e AI DE MIM se atrasar um dia o meu compromisso religioso com elas. Elas literalmente fodem com a minha vida.
Contas são tipo contratos, são pequenos tentáculos que te prendem a coisas e pessoas a que normalmente você não quer estar preso.
Continuo em busca de um terapeuta.
O que me incomoda em pagar contas é que elas chegam no meu endereço. Elas sabem quem eu sou. Elas conhecem meus hábitos de consumo, as pessoas que importam pra mim, se eu gosto de viajar e até mesmo os momentos mais ociosos do meu dia. Elas são tipo as minhas melhores amigas pra quem eu dou dinheiro regularmente. E eu não sei nada sobre elas. As contas carimbam a burocracia na minha cara todo dia, controlam tudo o que eu faço e AI DE MIM se atrasar um dia o meu compromisso religioso com elas. Elas literalmente fodem com a minha vida.
Contas são tipo contratos, são pequenos tentáculos que te prendem a coisas e pessoas a que normalmente você não quer estar preso.
Continuo em busca de um terapeuta.
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
terapia online
Quem assiste TV hoje em dia? Eu não assisto. Só pra ver alguns seriados ou então deixar a TV ligada enquanto você toma café da manhã, sem prestar muita atenção no que é dito, porque, né. SONO.
O fato é que eu uso internet. E eu vi uma notícia de uma menina que foi traída pelo marido durante um reality show de troca de famílias. Achei a notícia pitoresca e, como eu amo coisas pitorescas, fui lá pra saber mais.
Resultado: que fiquei obcecada por essa história. Assisti ao programa procurando pistas da traição (Bentinho feelings), sonhei com essa porcaria, fiquei pensando na possível vida marital dos casais envolvidos, digito o nome da nega no Google e quero saber mais. Tipo Caso Isabella do reality show.
Agora o que eu não entendo é o que essa história tem de tão incrível, visto que as pessoas se traem todo dia, eu não assisto reality show, não conheço os personagens em questão e obviamente se trata de um universo paralelo ao meu. Fica a pergunta pra um possível terapeuta, né.
* Será que é medo de ser traída? Que loucura, porque eu pensei bastante sobre isso e cheguei a uma conclusão de que pode ser, porém não, mas talvez etc
O fato é que eu uso internet. E eu vi uma notícia de uma menina que foi traída pelo marido durante um reality show de troca de famílias. Achei a notícia pitoresca e, como eu amo coisas pitorescas, fui lá pra saber mais.
Resultado: que fiquei obcecada por essa história. Assisti ao programa procurando pistas da traição (Bentinho feelings), sonhei com essa porcaria, fiquei pensando na possível vida marital dos casais envolvidos, digito o nome da nega no Google e quero saber mais. Tipo Caso Isabella do reality show.
Agora o que eu não entendo é o que essa história tem de tão incrível, visto que as pessoas se traem todo dia, eu não assisto reality show, não conheço os personagens em questão e obviamente se trata de um universo paralelo ao meu. Fica a pergunta pra um possível terapeuta, né.
* Será que é medo de ser traída? Que loucura, porque eu pensei bastante sobre isso e cheguei a uma conclusão de que pode ser, porém não, mas talvez etc
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
dia 4 de fevereiro
eu estou precisando muito daquela sensação de que se está indo no rumo certo.
no momento, a única coisa que consigo sentir é solidão (e medo de esquecer de pagar alguma conta)
no momento, a única coisa que consigo sentir é solidão (e medo de esquecer de pagar alguma conta)
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Oi, meu nome é Vívian
e eu largo os textos do blog pela metade porque tenho preguiça de continuar, beijos.
A lucianohuckzação do Brasil
Eu gosto médio do programa do Lobão. Acho que ele fala demais, que é muito confuso e que ele não consegue verbalizar a maior parte das coisas que ele pensa de uma forma inteligível. Acho que foi por isso que o programa foi cancelado, né. Motivos óbvios.
Mas ele deu uma entrevista essa semana que eu achei muito legal. E, óbvio, tem muitas coisas que ele fala que eu curto de verdade. Uma delas é essa crítica ao politicamente correto, que é muito antiga, desde que o politicamente correto existe. Mas ele dá um olhar muito legal pra essas coisas.
Ele falou acho que pensando na capa da Veja dessa semana, que coloca o casal Huck como representantes da era do bom-mocismo. E ele falou que tá muito limpinha a coisa, as pessoas só ficam se elogiando, ninguém critica nada, não há debate e quando é, é agressão.
Gostei demais. Gostei inclusive porque eu sou uma daquelas que confunde debate com agressividade. Eu sou totalmente fruto dessa geração do politicamente correto, eu separo o lixo, chego sempre na hora, respeito os velhinhos e pago as contas em dia. Não gosto de chatear as pessoas e sou fofa.
Mas é um saco mesmo esse negócio de bom-mocismo. De não poder fumar na TV e nem falar palavrão. De não poder falar mal de alguém com medo de ser processado ou julgado pela opinião pública. Como se a vida fosse uma novela do Manoel Carlos e todo mundo fosse herdeiro bronzeado pelo sol do Leblon.
E aí a gente vê coisas dos anos 80 e lembra que houve tempos em que isso tudo fazia bem pouco sentido. Experimente você pegar um Roda Viva dessa época em que mal se vê o entrevistado sob toda aquela cortina de fumaça.
Mas ele deu uma entrevista essa semana que eu achei muito legal. E, óbvio, tem muitas coisas que ele fala que eu curto de verdade. Uma delas é essa crítica ao politicamente correto, que é muito antiga, desde que o politicamente correto existe. Mas ele dá um olhar muito legal pra essas coisas.
Ele falou acho que pensando na capa da Veja dessa semana, que coloca o casal Huck como representantes da era do bom-mocismo. E ele falou que tá muito limpinha a coisa, as pessoas só ficam se elogiando, ninguém critica nada, não há debate e quando é, é agressão.
Gostei demais. Gostei inclusive porque eu sou uma daquelas que confunde debate com agressividade. Eu sou totalmente fruto dessa geração do politicamente correto, eu separo o lixo, chego sempre na hora, respeito os velhinhos e pago as contas em dia. Não gosto de chatear as pessoas e sou fofa.
Mas é um saco mesmo esse negócio de bom-mocismo. De não poder fumar na TV e nem falar palavrão. De não poder falar mal de alguém com medo de ser processado ou julgado pela opinião pública. Como se a vida fosse uma novela do Manoel Carlos e todo mundo fosse herdeiro bronzeado pelo sol do Leblon.
E aí a gente vê coisas dos anos 80 e lembra que houve tempos em que isso tudo fazia bem pouco sentido. Experimente você pegar um Roda Viva dessa época em que mal se vê o entrevistado sob toda aquela cortina de fumaça.
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