Ontem tive uma recaída. De novo. Aquela tristeza de merda do cansaço, dessa luta insana que jamais entenderei, por chegar em casa com chuva e ter medo do fuzil enorme que vi na mão do policial dando geral em vários meninos, Deus, na minha rua. Entrei no chuveiro a ponto de chorar, e ele estava tão feliz, havia sido um dia bom para ele. Ele elétrico me contando tudo, e eu só pude dizer: foi um dia normal. Para não dizer que tinha sido ruim, que o ponto alto foi ver meus amigos no almoço mas foi tão rápido que me deu mais tristeza ainda.
Brigamos porque eu me sinto tão sozinha que ele jamais entenderá.
Brigamos porque ele se recusa a se entregar à minha dor.
Eu espero muito que eu esteja errada, mas é como se eu estivesse me transformando em um ser inanimado. Sem alma. Como se eu mesma me olhasse nos olhos e não visse nada lá no fundo.
Meus lampejos de vida são acompanhados imediatamente por uma ressaca moral tão grande, tão maior que todas as ressacas morais que já senti na vida. Como se meus freios estivessem me dominando tanto que me levassem a uma perfeita conformidade que me apodrece toda.
Alguém me explica isso?
Sobre apodrecer com o passar do tempo a Sílvia me fez amar essa postagem dela que virou minha: http://vidadowill.blogspot.com.br/2013/08/ilha-de-siris.html
ResponderExcluirE sobre esse embotamento, de vez em quando sinto isso e - devo admitir - ultimamente tem sido mais frequente, não sei explicar, mas tento de todas as maneiras lutar contra.
um abraço coletivo aqui, será que adianta? huggggggggg (foi só o que me ocorreu no momento)
ResponderExcluirFofos, os dois! :-)
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