Durante um tempo, muito tempo até, eu quis muito voltar a trabalhar em redação. Era um sonho, e eu passei por todas as fases - a da esperança, a da dor por não conseguir, a revolta por não ser indicada pra nada, o alívio de fazer alguns frilas. Acho que todas as fases do luto de não conseguir, se é que existe esse luto.
Hoje eu atendi o telefone de manhã bem cedo. Era um jornalista trainee de uma grande editora, me passando uma pauta que seria capa de uma das revistas mais legais da área de economia/negócios. O menino não conseguia nem explicar direito o que era a pauta, ele não tinha ideia do que estava fazendo, não conhecia o mercado para o qual iria escrever a matéria e eu tive que ajudá-lo a estruturar o pensamento. Quer dizer.
Este ano eu comecei com o firme propósito de não tentar voltar pra redação, nem sequer querer. No fundo, tinha aquela vontadezinha que tava sumindo aos poucos. Mas hoje, depois desse telefonema, eu coloquei o restinho de poeira que restava dessa vontade dentro da pá e joguei no lixo. Confesso que fiquei decepcionada com o rumo que as coisas estão tomando.
O engraçado é que, pelo menos nas assessorias, a reclamação é geral. Muita gente mal-preparada, muito texto ruim, muitas perguntas fracas, entrevistas ruins. E do lado de lá, entre os amigos que trabalham em redação, sempre há reclamações de assessores burros, com release medíocres que viram piada depois e que vendem pautas péssimas.
Ou seja, a decepção mesmo é com o segmento em geral, não só com uma parte dele. Uma pena, né?
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Êta vida difícil (ou até 20 de fevereiro)
E aí que eu começo a acreditar em inferno astral. Porque não tem outra explicação para o chão se abrir de repente e você achar tudo chato, feio, ruim. Não tem.
E eu devia estar na melhor vibe do mundo, porque estou vivendo uma época incrível, estou feliz com meus hormônios, eles estão felizes comigo, e o chão se abriu de uma forma esse mês que, nossa. Foi um abismão mesmo.
E a pior sensação desse abismo é como se eu estivesse em um filme do Bergman, uma solidão com gente, parece que tá todo mundo falando holandês e eu aqui, no português sofrido, cantando fados e poesias. E o resto falando de Big Brother e Lost.
Nada contra quem fala de Big Brother e Lost. Mas a minha dor, né.
Bom, deixa eu curtir a minha dor. Até porque eu tenho um samba pra escrever, um gato pra adotar e todos os fados e tangos que preciso aprender ainda.
E eu devia estar na melhor vibe do mundo, porque estou vivendo uma época incrível, estou feliz com meus hormônios, eles estão felizes comigo, e o chão se abriu de uma forma esse mês que, nossa. Foi um abismão mesmo.
E a pior sensação desse abismo é como se eu estivesse em um filme do Bergman, uma solidão com gente, parece que tá todo mundo falando holandês e eu aqui, no português sofrido, cantando fados e poesias. E o resto falando de Big Brother e Lost.
Nada contra quem fala de Big Brother e Lost. Mas a minha dor, né.
Bom, deixa eu curtir a minha dor. Até porque eu tenho um samba pra escrever, um gato pra adotar e todos os fados e tangos que preciso aprender ainda.
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
sutilezas da vida
Tomar uns chopinhos com a Giovana, que eu não via há tanto tempo!
Dar risadas com a Denise e ver como ela tá tão linda de barrigão.
Fazer compras em um bazarzinho delicioso com a Rita.
E tudo isso em menos de uma semana!
Eu ainda me impressiono com a capacidade que os amigos têm de deixar a gente feliz.
É pra essas sutilezas que eu vivo, juro.
Dar risadas com a Denise e ver como ela tá tão linda de barrigão.
Fazer compras em um bazarzinho delicioso com a Rita.
E tudo isso em menos de uma semana!
Eu ainda me impressiono com a capacidade que os amigos têm de deixar a gente feliz.
É pra essas sutilezas que eu vivo, juro.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
De novo, a vida
E aí que tem dias que a gente acorda e tudo parece meio virado. Toda vez que eu vejo o vento assim, do jeito que ele tem andado, dá uma sensação ruim. Como se eu fosse a Ana Terra, personagem que eu amo do Érico Veríssimo. Ela é que falava do vento estranho que traz lágrimas de longe.
Bom, e hoje é um desses dias. Uma pessoa que eu amo muito está triste e eu estou também. E eu não consigo evitar a vontade de ir até ela, pegar no colo, chorar junto e dizer pra ela o quanto eu quero que ela fique bem.
Mas ela tá longe e eu não posso fazer isso. Mas mando um beijo pra ela, porque eu sei que ela sabe senti-lo como ninguém.
Bom, e hoje é um desses dias. Uma pessoa que eu amo muito está triste e eu estou também. E eu não consigo evitar a vontade de ir até ela, pegar no colo, chorar junto e dizer pra ela o quanto eu quero que ela fique bem.
Mas ela tá longe e eu não posso fazer isso. Mas mando um beijo pra ela, porque eu sei que ela sabe senti-lo como ninguém.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Como não amar?
Ontem à noite, cheia de mimos:
- Meu amor, não sei o que seria de mim sem você. Se eu não te conhecesse, eu seria uma pessoa bem mais triste.
- Mais triste eu não sei, mas bem louca com certeza.
<3
- Meu amor, não sei o que seria de mim sem você. Se eu não te conhecesse, eu seria uma pessoa bem mais triste.
- Mais triste eu não sei, mas bem louca com certeza.
<3
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Tirando a poeira
Tadinho do blog, ficou abandonadinho. Confesso que senti saudade, mas só um pouco, porque as férias tavam tão boas, mas tão boas. Só que acabou. E hoje é o primeiro dia de volta ao trabalho. E eu tô meio perdida ainda.
Eu queria só saber que tipo de espírito maligno incute idéias na cabeça da gente como morar em Mendoza. Eu, trabalhando meio período, fazendo a siesta e estudando meio período. Ele, tocando em uma orquestra super legal. Nós dois perto da montanha, tomando banho de rio, morando numa cidade lindinha com uma casa lindinha, como são todas as casas de Mendoza.
Ou então morarmos em Buenos Aires. Ele, tocando tango e estudando sociologia. Eu, ensinando periodismo económico e escrevendo em algum jornal por lá. Vivendo simples, numa cidade linda, cheia de belezas e "velhezas". Amando.
E aí acabam as férias e a gente percebe que, nossa, como se sonha no planeta Terra, né.
Eu queria só saber que tipo de espírito maligno incute idéias na cabeça da gente como morar em Mendoza. Eu, trabalhando meio período, fazendo a siesta e estudando meio período. Ele, tocando em uma orquestra super legal. Nós dois perto da montanha, tomando banho de rio, morando numa cidade lindinha com uma casa lindinha, como são todas as casas de Mendoza.
Ou então morarmos em Buenos Aires. Ele, tocando tango e estudando sociologia. Eu, ensinando periodismo económico e escrevendo em algum jornal por lá. Vivendo simples, numa cidade linda, cheia de belezas e "velhezas". Amando.
E aí acabam as férias e a gente percebe que, nossa, como se sonha no planeta Terra, né.
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