eu queria falar o quanto eu queria morar numa casa. Com quintal, pra que eu possa ter um cachorro e um gato que sejam amigos. Eu queria também um banco de madeira que seja comprido o suficiente para que eu possa deitar nele, ao sol, com as pernas dobradas. Um varal daqueles feitos de corda. Mais espaço para os livros e as visitas. Eu queria mas não vou morrer se não tiver. Nem ficar triste. Vou continuar querendo mil coisas durante o ano de 2011 e a maioria esmagadora delas eu não vou ter. Ainda bem.
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Num mundo imaginário, as pessoas se relacionam movidas a paixões avassaladoras, eternas e cheias de romantismo. Como as novelas. Eu nunca vou esquecer quando a mulher do meu primo disse a ele que ele não era romântico como os mocinhos das novelas. Juro. Já no meu mundo, eu me relaciono com uma pessoa a quem admiro, acima de tudo, moral e intelectualmente. Nos achamos bonitos e temos química. Somos livres e temos nossas individualidades intacta. Nosso gosto cultural combina em alguns pontos e acreditamos numa coisa: o fato de que estamos juntos até hoje por sermos extremamente racionais sobre o nosso relacionamento e nosso futuro.
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Talvez eu volte pra escrever mais.
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