quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Do passado

E daí que eu fui a uma festa lá no interior de Minas. Onde cresci. Foi um achado, uma festa com bandas boas, num lugar ao ar livre mas com abrigo pra chuva, amigos que não via há tempos. Gente que foi da minha sala na quarta série. Viraram médicos, donas de casa com filhos, viraram funcionários públicos, viraram várias coisas. Engraçado vc ver a infância crescida. Mas enfim, o legal mesmo foi ver o que essas pessoas achavam de mim. Tipo:

- Nossa, Vívian, a imagem que eu guardo de você é a de uma pessoa extremamente agitada.

- Como você era doida, né. Meu Deus, era doida demais.

E eu lá, né. Eu sabia que era meio doida mesmo, mas a imagem que as pessoas de mim era de tri-doida. Impressionante. Foi bom eles terem me visto, que eu virei gente, que tenho um trabalho, responsabilidades, tudo o mais. Foi divertido até, porque todo mundo me via e fazia uma cara de "oh, meu Deus, olha quem tá aqui". Eu de cabelo curtinho e uma roupa totalmente nada a ver, All Star e jeans, uma camiseta do Abaporu estilizado. O povo de salto no meio da lama, vestidos curtos tomara que caia. Chuva, chuva, chuva. Parecia um sonho.

* Mas aí eu comecei a passar mal de fome e fui embora.

Um comentário:

  1. Como também tenho essa fama de doida, adotei a seguinte frase: "não sou eu que sou doida, vocês é que são normais demais". ;)

    Feliz ano novo!

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