Ele tava mal-humorado há dias. Eu tentando não falar, mesmo sendo difícil, porque a pior coisa no meio do mau humor é quando alguém pergunta se você tá mal-humorado. É a morte e eu faço isso sempre.
Ontem, eu o acordei com beijos, um presente pessimamente embrulhado e um café da manhã em um lugar diferente. Mesmo com o dia chuvoso e aquela preguiça toda.
Liguei pra ele umas duas vezes no dia, só pra falar um pouquinho e ele, lógico, ficou bravo. Não gostou do telefone tocando tantas vezes. Afinal, é um capricorniano.
À noite, fomos com dois amigos comer num restaurante novo e legal. Tomamos muito vinho, demos muitas risadas e não cantamos parabéns. Não teve bolo nem sobremesa.
Chegamos cansados. Dormimos logo.
Hoje, saindo de casa para o trabalho, quando eu caminhava para o elevador, dei o último "tchau" pra ele. Depois do beijinho, ele disse:
- Foi bom ontem, né.
E isso me valeu o ano inteiro de 2011.
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