Existem coisas no comportamento humano que deveriam virar minisséries do Animal Planet. Como, por exemplo, a péssima mania que alguns de nós têm de criar laços quando já temos problemas com os já existentes, aceitar compromissos quando nossas agendas estão abarrotadas, inventar novas necessidades quando as necessidades antigas nunca são suficientemente satisfeitas.
Hoje, caminhando pela rua em uma hora livre do meu dia (veja post abaixo), eu passei pelo Sesc Consolação. E me lembrei que uma das blogueiras que sempre leio escreveu um post falando da dependência emocional que desenvolveu com o pavê de cupuaçu de lá. E lá fui eu me aventurar CONSCIENTEMENTE numa nova dependência: todas as vezes em que passar por lá, vou ter que comer o tal doce. Como se não bastasse o japonês da Liberdade, o bombom de pistache do restaurante aqui do lado, o chocolate quente da outra lanchonete aqui do lado, as sopas do sesc pompeia e as pizzas da pizzaria perto da minha casa. E todos os outros vícios alimentares que defendo com unhas e dentes.
Enquanto isso, sem dinheiro e um horário digno que me permita ir aos eventos culturais de que tanto gosto, levo para casa o Guia da Folha toda semana, em busca de novos, imperdíveis e igualmente inacessíveis programas culturais. Aumentando a minha lista de coisas que devo fazer, mas nunca vou conseguir.
E por aí vai. A minha sorte é que, pelo menos com os amigos, eu já aprendi a lição. A decisão mais recente (não tão recente assim, infelizmente) foi a de que não quero conhecer gente nova. Me recuso, tenho preguiça e, assim, me protejo para não botar mais gente num coração já sem espaço.
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