quarta-feira, 16 de novembro de 2011

instabilidade

Sou incapaz de lidar com a instabilidade alheia. Não que eu seja a pessoa mais estável do mundo (não sou), mas deixo os meus altos e baixos guardadinhos dentro do meu cérebro e/ou reservados para as pesquisas do Google. Isso significa que, no período de 24 horas, eu posso resolver fazer um mestrado, mudar para a Nova Zelândia para ser trabalhadora rural ou comprar uma bicicleta elétrica (é sério, essa é uma programação absolutamente normal do meu dia). Mas eu não sou idiota e nem sádica pra compartilhar todos esses pensamentos com os outros, especialmente com as pessoas que amo. Até porque eu sei muito bem que no dia seguinte serão outros planos, e outros, e outros, numa espiral esquizofrênica sem fim.

O fato de eu ser assim (indecisa AND sonhadora) não ajuda em nada para que eu seja mais compreensiva com as mudanças de ideia repentinas dos outros. O que quer dizer que, quando alguém me diz que está planejando fazer uma grande mudança em sua vida (e até mesmo uma pequena), eu me engajo no projeto, apoio, discuto o assunto e REALMENTE ACREDITO nos planos desse ser humano. O problema é que, no dia seguinte, a mesma pessoa muda de ideia e me conta um outro plano totalmente diferente do outro. E isso, pasmem, me mata de raiva.

É lógico que o problema é meu. Sei disso e continuo sentindo raiva da instabilidade na mesma medida, mesmo com essa consciência toda. O fato é que eu acho que as pessoas não calculam o impacto que causam na vida dos outros. Eu penso nisso o tempo todo, e talvez por esse motivo eu tenha essa péssima mania de resolver meus problemas sozinha. Porque não quero dar trabalho/causar preocupação nos outros.


Ou talvez eu seja apenas uma idiota mesmo.

Um comentário:

  1. Acho só que você gosta de viajar nos planos dos outros e embarca junto com eles. Mas quando são eles que mudam os rumos da coisa, você perde o controle. Isso que mata. Eu sei, sou igual...

    Fer Moraes

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