terça-feira, 24 de novembro de 2009

Alívio

Olha, eu ia postar ontem. Sobre o presidente do Irã. Mas o dia passou e eu deixei pra lá. E hoje, entrando no blog da Mary W., vi essa discussão de novo, e me senti na obrigação de postar também.

Porque não é preciso concordar com as ideias do homem. Não é preciso gostar dele, não é preciso achar que ele é legal. Ele é um chefe de estado. Representa um país, independente se sua eleição foi ou não legítima. Um país que pesa na nossa balança comercial, um país que trouxe uma comitiva de 300 empresários pra fazer negócio com o Brasil.

E mesmo que não trouxesse (porque tem gente que tem mimimi de achar que o dinheiro do Irã não é bem-vindo).

Mas eu me senti uma voz solitária ontem no Twitter. Todo mundo criticando o Brasil de receber o cara. E com comentários como "olha a fotinha deles se abraçando". Gente. Não parece óbvio que esse é o mesmo comportamento fundamentalista, justamente o mesmo comportamento que se critica no Irã?

Eu acho que é. Achei feio as pessoas deixarem o diálogo na profundidade do "tiraram foto dando a mãozinha". Me poupem.

Um comentário:

  1. como se faltasse dinheiro sujo em algum lugar do planeta, né gente.
    mas acho que grande parte dessa comoção se deve ao vídeo daquela iraniana morrendo com o tiro em repressão à manifestação popular, é uma coisa que atinge a alma da gente. Muito ruim.
    mesmo assim concordo com vc, posicionamentos ideológicos divergentes não devem conflitar com as relações comerciais, presidentes presidentes, negócios à parte.

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