Em 29 anos, eu tive até que bem poucas decepções na vida.
Tirando a parte amorosa, onde 89% dos problemas foram causados por mim e pela minha mania psicótica de me apaixonar louca e perdidamente, o resto foram coisas absolutamente pontuais.
O caso é que, quando olho pra trás e vejo onde está a fonte das decepções, percebo que elas foram causadas principalmente por uma fobia de rejeição que eu desenvolvi com muito gosto durante minha adolescência magrela e sem peitos. Aí era sempre assim: eu não sabia que tinha sido rejeitada (ou lá no fundo sabia, mas queria ter certeza absoluta), e insistia até que uma bosta gigante acontecesse e a decepção se materializasse em sua forma pura, frustrante e cheia de rancor. Lágrimas não, porque eu não sou de lágrimas. E essas coisas sempre me causaram problemas, e eis a explicação de eu ter tantas histórias legais pra contar. Que, aliás, só são legais hoje, vistas de longe.
Com o tempo, a gente aprende a ficar mais controlada, mas o bichinho da fobia de rejeição tá sempre lá, à espreita. E se manifesta, claro, nos melhores momentos, quando a vida tá boa. Tô de olho.
Pra quê terapia quando se tem um blog, né?
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