segunda-feira, 10 de outubro de 2011

diálogos

Tenho escrito muito, em pedaços de papel que logicamente vão se perder em algum canto da minha casa abarrotada de livros e cadernos. É uma pena porque tenho gostado de escrever de uma forma que eu nunca tinha escrito antes: meus assuntos preferidos são diálogos sobre o amor. É como se fossem diálogos de filmes, mas daqueles filmes bem chatos onde o amor nunca se resolve. Não é comédia romântica, não é drama, são só conversas de pessoas muito realistas sobre o que é o amor.

Li alguns pro Victor e ele acha que as pessoas vão se matar se lerem algum filme com meus diálogos. Que eles são até bonitos, mas muito tristes, desiludidos. E eu quis mostrar pra ele que não. Que eu queria o contrário, que as pessoas lessem e entendessem essa liberdade que é o amor. E que a gente só está conectado ao outro porque quer, é uma decisão racional. (Mas que talvez não devesse ser tão racional assim, assumo.)

No final a gente teve uma discussão ao nosso estilo (que é até engraçada de se ver, discussões calmas, ponderadas e filosóficas). Ele me disse que vê uma enorme contradição em mim, eu com todo o meu pensamento liberal e racional e tudo o mais, me comporto de uma forma emocional demais, controladora, impulsiva.

Não sei porque escrevi isso, mas eu tava com a ideia de fazer um novo blog, colocar meus diálogos, botar os demônios pra fora, sei lá.

Incoerência, trabalhamos.

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