Tinha eu e tinha ele. A gente vivia de mentiras sinceras. Muitas eram verdades, como "você é lindo/linda" e "eu gosto de ficar com você".
Outras eram mentiras como "eu queria te namorar se tudo não fosse assim", "você é a pessoa mais incrível que eu já conheci". Mentiras sinceras. A gente fingia que acreditava em tudo e nunca teve a chance de acreditar de verdade. A gente até tentou acreditar, mas acreditar é difícil, e durou pouco.
Eu não sei em que momento, mas houve um momento. Eu sorria por dentro e achava um pouco de graça. Na verdade eu ficava com pena de mim e pena dele, por querermos acreditar, e por querermos que o outro acreditasse, sendo que os dois sabíamos que nada mais era.
Foi patético. Mas foi bom. Adultezas.
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