quarta-feira, 31 de março de 2010

Doeu? Então é amor.

É meio adolescente esse título, né? E meio fatalista também. Mas eu pensei nisso quando soube da história de um garoto de uns 14 anos apaixonado pela primeira vez. Ele foi trocado por outro e aquilo doeu demais, o menino sofreu horrores e a mãe dizendo "que não era pra tanto, que aquilo ia passar, que ele ia sofrer tantas outras desilusões" e etc.

Não concordo. Nem todo mundo sabe o quanto dói. E se dói, é aquela dor única que não vai ser igual às outras. Nunca.

Não estou cultuando a dor, pelo contrário. Deus me livre de sentir de novo tanta dor de amor quanto eu senti - tantas vezes eu achei até que fosse enfartar. Mas se tem uma coisa que é verdade, é essa. Doeu? É amor.

(Acho que, com o tempo, não para de doer. Mas a gente se acostuma à dor. Com o tempo, ela se incorpora à nossa vida. E a dor vira um luto que acompanha a gente. É até uma dorzinha boa quando você recorda aquele amor do passado, mas sempre com aquele machucadinho de ter vivido aquilo. E é gostoso isso. É viver)

Um comentário:

  1. "E é gostoso isso. É viver".
    que bonito.
    adorei o texto. concordo super.
    adoro te ler.
    beijosaudade

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